Colaboração Luciana Ramires.
Outro dia, andando pela calçada de uma rua movimentada, assisti a uma cena, no mínimo inusitada.
Gosto de observar as pessoas em suas atividades cotidianas enquanto caminho e naquela tarde era isso que eu fazia.
Andando devagar avistei uma mulher, moradora de rua, sentada no chão com uma menina bem pequena ao seu lado. Resolvi parar e um pouco escondida continuei olhando.
A linda menina rasgou um saco de lixo e encontrou, entre outras coisas, uma pequena xícara de plástico, cor de rosa, dessas que nossas crianças têm de várias cores.
A menina mostrou para a mãe que sorriu.
Encorajada pelo sorriso, rapidamente a menina fingiu que estava fazendo um “café”, despejou-o na xícara, mexeu com seu dedinho para misturar o “açúcar” e o deu a sua mãe.
Uma mulher suja de roupas, abandonada pela sociedade, talvez sem estudo, provavelmente ignorante do fato de que existe psicologia infantil, mas que era mãe.
Ela pegou a pequena xícara, “cheirou” o café e com uma expressão de que estava cheiroso o bebeu. Simulou ter se queimado com o café, tentou toma-lo novamente, dessa vez soprando pra “esfria-lo”.
Brincou com a sua filha como se estivesse no conforto de seu lar, entrou no mundo dela.
A menina? Dava gargalhadas deliciosas enquanto via sua mãe brincar, pesar de chorar por dentro, por fora eu também sorri e agradeci a Deus por ainda existirem no mundo mães como aquela, capazes de fazer qualquer bobagem para entrarem no mundo de seus filhos, só pelo prazer de vê-los e ouvi-los dando grandes e gostosas gargalhadas.
E você, já tomou um café imaginário com seu filho hoje?
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